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23 de Abril de 2024 - 

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A emoção de entregar justiça às pessoas que precisam

Na reportagem de hoje da Série “Meu Trabalho em Casa”, vamos mostrar a experiência de Josineire Carvalho, que atua em processos da Infância e Juventude na Comarca de Nova Russas Para quem começou a trabalhar com processos eletrônicos há menos de um ano, era difícil imaginar uma rotina longe do Fórum e das estantes cheias. Mas a servidora Josineire Carvalho, supervisora da 1ª Vara de Nova Russas, tem se surpreendido com a experiência. O aumento da produtividade da equipe está entre as principais vantagens. “Apesar de os prazos processuais estarem suspensos, seguimos dando andamento aos expedientes. Para se ter uma ideia, antes do TeleTrabalho conseguíamos arquivar, em média, 50 processos por mês. Já aumentamos esse número em mais de 30%. Com isso, a quantidade de baixas processuais tem sido bem maior do que a de novos casos nesse período de pandemia.” Os colaboradores e a juíza Rafaela Benevides Caracas Pequeno, titular da unidade, utilizam aplicativo de mensagens para se comunicar diariamente. “Além disso, o Tribunal de Justiça garantiu computadores àqueles que não tinham equipamento em casa. Então, todos estão conseguindo atuar remotamente e com bons resultados”, explica Josineire. A celeridade processual não foi a única mudança percebida após a implantação do plantão extraordinário. Servidora do Judiciário cearense há quase 24 anos, Josineire conta que a tecnologia também permitiu que ela vivenciasse a experiência mais marcante da carreira. “Por ser privativa de processos que envolvem Infância e Juventude, a 1ª Vara de Nova Russas é responsável pelas adoções. Como aqui existe uma unidade de acolhimento, estamos sempre atentos para garantir que as crianças destituídas do poder familiar possam logo ter um novo lar. Quando foi estabelecido o TeleTrabalho, no dia 23 de março, pensamos em como se daria a vinculação entre uma menina de 2 anos e 8 meses, que estava apta para adoção, e os pretendentes. Então, a juíza autorizou que essa convivência ocorresse por meio de videoconferência.” A servidora relata que o contato virtual durou cerca de um mês e foi acompanhado de perto até o casal receber a guarda provisória da criança. “Naquele dia eu estava no abrigo. Antes de os pretendentes chegarem, foi realizada uma nova chamada de vídeo, para avisar que estavam perto. Quando eles se encontraram pessoalmente, parecia que já se conheciam de muito antes. Nunca passei por algo tão emocionante na minha vida. Em momentos assim a gente vê o quanto nosso trabalho é importante, porque, se a gente não tivesse dado seguimento a esse processo, a menina não estaria vivenciando isso.” Os benefícios da videoconferência não são percebidos apenas no ambiente profissional. Em casa, a servidora cuida dos afazeres domésticos e ainda estuda. “Faço faculdade à noite e os professores adaptaram todo o conteúdo para estudarmos a distância. Tem sido ótimo”, avalia. Josineire ainda usa a tecnologia para manter contato com os filhos, que foram para a casa da mãe dela. “Meus pais moram em uma fazenda, que fica bem isolada. Os riscos de contrair o coronavírus são menores. Por isso, os meus gêmeos foram pra lá. Como tem internet, eles conseguem acompanhar as aulas online, sem prejuízo escolar, e diminuir a saudade com as videochamadas.” Leia todas as reportagens da Série “Meu Trabalho em Casa”.
29/05/2020 (00:00)
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